Cultura também é saúde

Quando pensamos em saúde, muitas vezes limitamos a ideia ao cuidado médico. Mas a cultura também é parte vital do bem-estar físico, mental e social.
Pesquisas da OMS já apontaram que a participação em atividades culturais pode:

  • Reduzir sintomas de ansiedade e depressão.
  • Ampliar redes de apoio e pertencimento.
  • Melhorar a percepção de qualidade de vida.

Teatros comunitários, oficinas artísticas, rodas de leitura ou dança de rua não são apenas expressões criativas, são estratégias de cuidado coletivo, que contribuem para a saúde integral das comunidades.

 

Para refletir: Seu projeto contribui que qual forma para o bem-estar físico, social e mental das pessoas?

 

Buscando conexão com seu público

Se você já trabalha com seu público há algum tempo, vale se perguntar: como está esse diálogo hoje? Ferramentas como newsletters, podcasts e comunidades digitais ajudam a aprofundar conversas.

 

Pesquisas de percepção junto ao público revelam quais transformações os projetos estão gerando.

 

A escuta ativa em rodas de conversa, entrevistas ou até enquetes rápidas, pode se tornar uma estratégia de fortalecimento.

Mais do que divulgar, é sobre ouvir, trocar e construir junto.

Dica prática: escolha uma ferramenta de comunicação direta e crie um espaço de conversa. Pergunte, faça enquetes, compartilhe bastidores. Seu público quer se sentir parte da jornada.

 

Editais e ODS 3 (Saúde e Bem-estar)

O ODS 3 da Agenda 2030 trata de garantir uma vida saudável e promover o bem-estar para todos, e a cultura contribui com isso. Mas poucas produtoras e gestoras culturais conseguem identificar e medir o impacto que suas ações causam em relação com esse Objetivo.

 

Em alguns casos, o impacto fica mais claro, como por exemplo:

  • Projetos de música e arte em hospitais e centros de reabilitação.
  • Oficinas de teatro e artes visuais voltadas para pessoas em sofrimento psíquico.
  • Ações culturais em territórios vulnerabilizados, que fortalecem vínculos comunitários e previnem violências.

Muitos editais nacionais e internacionais já buscam projetos que conectam cultura e saúde. Saber mapear e traduzir esse impacto pode abrir novas portas de financiamento e ampliar a legitimidade social das iniciativas culturais.

 

Exercício prático: Liste 3 ações do seu projeto que podem ser associadas diretamente à promoção de saúde e bem-estar (como autocuidado, saúde mental, práticas comunitárias, lazer saudável, prevenção de doenças). Depois, verifique em editais abertos se há menção aos ODS e veja como essas ações podem ser apresentadas como indicadores de impacto.

 

Case inspiração: Museu de imagem do inconsciente

Fundado por Nise da Silveira no Rio de Janeiro, o Museu de Imagens do Inconsciente é um exemplo potente de como arte, saúde e inclusão social caminham juntas. Ali, a produção artística de pacientes psiquiátricos foi reconhecida como expressão legítima de subjetividade e resistência.

 

Mais do que um acervo, o museu é:

  • Um registro histórico da potência criativa de pessoas marginalizadas pela psiquiatria tradicional.
  • Um espaço de acolhimento e dignidade, onde a arte é instrumento de expressão, resistência e saúde mental.
  • Um exemplo de como a cultura pode romper estigmas e abrir caminhos para políticas públicas mais humanas.

Esse projeto nos lembra que cultura e saúde caminham juntas e que os projetos culturais podem ser agentes de transformação social e emocional.

 

Dica prática: Reflita sobre como a arte pode atuar no cuidado emocional do público do seu projeto. Escreva em 5 linhas uma possível ação simples (como roda de conversa, oficina artística, ou espaço de expressão livre) que poderia fortalecer a saúde mental dos participantes.

 


 

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